quinta-feira, 19 de maio de 2011

Melbourne e a arte do bem-estar!

Arts Centre, à nós, cabe contemplar...

 "Three Businessmen Who Brought Their Own Lunch", Swanston St

"Public Purse", uma bolsinha gigante para sentar no $, na Burke St

‘Architectural Fragment’, em frente à State Library, alerta à transitoriedade de tudo!
Catavento, no anúncio sobre energia renovável, no ponto de tram!

"Fallen Soldier", que relembra vítimas das guerras, em praça.

Girafa que animou festival na futurística, Federation Square!

Não é um quadro, mas foi pintado pelo mesmo autor do cenário abaixo...

As cores que pintam o outono da cidade!
O que torna uma cidade especial? Seus habitantes? Sua arquitetura? Sua gastronomia? Seu clima? Seus negócios? Seu passado? O quê? Difícil saber. A meu ver, é a sua singularidade, aquilo que talvez não seja visível, mas que coabite as entrelinhas de seu cotidiano. A gentileza, a expectativa de vida, a vontade de não sair mais de lá, o desejo de fazer o tempo parar naquele lugar.

Chegar a este estado de nirvana urbano contemporâneo é um processo, algo que não se dá de imediato. É preciso sentir de onde emanam as singularidades da cidade, para tomar consciência, com o tempo, de que se trata de um lugar especial. Comigo foi assim. Mas há sinais, esses sim paupáveis, que indicam o caminho para esta descoberta gradual. A arte é um deles.

Melbourne é pura arte. Arte em todos os sentidos. Arte da convivência, com a miscigenação e pluralidade de culturas vivendo pacificamente; arte da boa mesa, que resultou do encontro bem sucedido entre a cozinha ocidental e a oriental; a arte de priorizar a qualidade de vida, e dedicar-se tanto ao trabalho quanto ao lazer; a arte de reconhecer a arte, inspirar e fazer mais arte. Nesse ciclo artístico é que Melbourne se construiu e se perpetua.

Além do invisível, que só captamos com o tempo, também existe a arte explícita aqui, com os espetáculos incríveis em cartaz em seus múltiplos teatros; nas esculturas surpreendentes espalhadas pelas praças e ruas , ou em exposições ao ar livre; nos acervos dos museus e galerias; nas fachadas e interiores dos prédios; na decoração das lojas, bares e restaurantes; na publicidade lúdica e sutil; no design dos trams; nos contínuos festivais; e nas cores e contrastes da natureza, que sempre nos comovem. A arte como algo que representa um valor maior, em suas mais variadas expressões, que transmite informação, e que, no caso de Melbourne, transmite bem-estar, é o que torna esta cidade singular, especial; é o que nos faz querer parar no tempo, usufruir e contemplar.

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