domingo, 31 de julho de 2011

A fotogênica e histórica Queenscliff!

A rua principal, com suas fachadas Vitorianas!

A Baía e suas trilhas perfumadas circundam um lado da cidade...

O azul turqueza do mar banha o outro lado...

E as trilhas entrecortam essa semi-ilha!

Do outro lado, Sorrento, de onde parte o ferry!

Mar com cara e cor de piscina!

A praia é para todos!

As pedras e a areia invadem o mar e ajudam a formar o terrível "RIP"!


Para invadir o azul do mar, píers...


Um dos 3 Faróis entre Point Loinsdalle e Queenscliff!

Fica a cem quilômetros de Melbourne, uma das cidades mais fotogênicas que já visitei em Victoria. Queenscliff, ou a “Colina da Rainha” é mesmo um lugar majestoso, localizado bem na entrada da baía de Port Phillip, na Peninsula Bellarine. Quase uma ilha, a pequena cidade é rodeada de água por três lados e pode ser alcançada por Ferry, a partir de Sorrento, numa viagem de uma hora por belas paisagens, ou pela estrada, a partir de Geelong.


Eu e o Mário fomos até Geelong de trem, a partir da Southern Cross Station em Melbourne (uma hora de viagem) e depois tomamos o ônibus 76 para Queenscliff (50 minutos). Descendo na rua principal, bem em frente ao Centro de Informações e ao Vue Grand Hotel, já se nota que a cidade preserva até hoje as características de seu passado glamoroso. Fachadas cheias de detalhes, características da Era Vitoriana, enfeitam os muitos cafés e restaurantes, lojas e antiquários e as casas de moradores endinheirados. As ruas amplas e arborizadas são envoltas pelo verde vivo dos belos jardins; pela Swan Bay e suas trilhas perfumadas de flores (ao lado da linha férrea histórica Ballarine Railway); e pelo azul turqueza inacreditável do oceano, fazendo a alegria de qualquer fotógrafo profissional, ou amador.


A caminhada de uma hora, que conduz de Queenscliff à Point Lonsdale, é o ponto alto do passeio. Faróis (House lights) e píers nas praias compõem o cenário ideal para viajar no tempo e na história, sem abrir mão momento presente. Isso porque além de belas paisagens, a região de Queenscliff tem uma história bem interessante...

 
Para abreviar o seu passado, vale a pena conhecer a história de William Buckley, um prisioneiro inglês que foi trazido à Austrália para povoar os assentamentos dos colonizadores e que fugiu da prisão de barco, com outros prisioneiros. O barco naufragou na fuga e ele foi o único sobrevivente. Após morar por anos em cavernas, sobrevivendo à custa da pesca, Buckley se uniu a uma tribo de aborígenes e viveu por anos entre eles. Tempos depois, a Coroa perdoou seu crime (roubo, mas há controversas...) e ele retornou à sociedade, casado com uma integrante de sua tribo. Tornou-se um intérprete e conhecedor da cultura aborígene e foi imortalizado como um líder pacifista e intermediador das relações entre colonizadores e aborígenes, ou “verdadeiros donos da terra”, como os australianos costumam chamá-los.

 
O mar de Queenscliff também tem seu lugar na história. Bem em frente à praia, fica o Estreito de Bass, numa posição estratégica no mapa da Austrália. Durante o período das Grandes Guerras, o estreito foi alvo de muita cobiça por parte da Rússia e do Japão, uma vez que conduz à Baía de Port Philip, onde está Melbourne. Por conta das constantes ameaças de invasões, foi construído um Forte Militar bem em frente à praia. Os canhões ainda apontam para o mar e para a cidade, relembrando a potência do forte, e hoje são chamarizes para turistas conhecerem a herança militar da cidade.

Mas nem seria preciso canhões para acabar com os invasores, porque o maior aliado do exército era o próprio Estreito de Bass. Isso porque pedras submersas, correntes e ventos perigosos castigam a passagem continuamente e tornam navios os maiores alvos de seus caprichos. O famoso “Rip, ou redemoinho de Queenscliff, é tido como um dos mais perigosos do mundo, tendo vitimado muitas embarcações, “Mecas” de mergulhadores por aqui. Sua má reputação é tão forte, que ele é chamado de o “Triângulo das Bermudas” da Austrália.

Três faróis e muitos radares tentam levar alguma luz aos que atravessam a passagem traiçoeira do estreito e são como o Graal dos turistas que visitam a cidade, sedentos por uma aventura. É possível visitar os faróis em certos horários. Também o Museu da Vida Marítima é interessante para quem quer saber mais sobre o que habita as águas de Queenscliff. Basta dar uma passada no Centro de Informações e pegar mapas e folhetos das atrações. Depois, é só empunhar a câmera e se esbaldar nos cliques!

6 comentários:

Jo Turquezza disse...

Que fotos lindas! Dá vontade de sair correndo para estas paragens rsrsr

Marina disse...

Então venha Turquezza!! Logo vc estará por aqui, não é? Aproveite e desbrave essa terra tão diferente e maravilhosa!!

Bjos!

Mirella Matthiesen (mikix) disse...

wow... não sabia da existência desse lugar! Que lindo...
Super obrigada pelo post :)
bjs

Marina disse...

Mí, aqui tem tantos lugares maravilhosos, não tem? Estamos desbravando Victória, mas tenho certeza que aí pelos seus lados está cheio de lugares fantásticos também!!

Uma pena que não dá pra ver tudo... :-(

Beijos!!

Anônimo disse...

Tira fotos tão lindasss..
E que lugar perfeitoooo
bjinhos

Marina disse...

Dani, a cada novo lugar que conheço por aqui, me convenço que é o mais lindo do mundo!! rsrsr

O último foi Bondi Beach! Inacreditável a beleza e a atmosfera do lugar! Será meu próximo post!!

Beijão!