domingo, 17 de abril de 2011

Point Napean National Park, um tour fora de Melbourne!

E lá vamos nós, a pé pelo parque!
Caminhando por uma das várias trilhas...
Seria o paraíso assim?
Blue temptation!
Que vontade de descer pra praia...
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Mar da Tasmânia à esquerda e Philip Bay à direita!

Melbourne pode ser muito dinâmica e viciante para quem vem de uma cidade tensa e pouco amiga como São Paulo. São tantas coisas interessantes acontecendo ao mesmo tempo, tanta arte, beleza, tanta civilidade e natureza, que facilmente nos deixamos envolver por uma rotina às avessas, repleta de novidades e atividades felizes, dia após dia. E quando percebermos, já se passaram quase dois meses e ainda não conferimos nada do que há fora da cidade para conhecer também!


Por isso, neste sábado, eu e o Mário decidimos colocar os pés na estrada e encarar nossa primeira viagem em Victória, longe da apaixonante Melbourne. E o destino escolhido foi o Point Napean National Park, para conhecer a pontinha de terra que separa a baía de Port Philip do Mar da Tasmânia, há 90 km da cidade. O parque está localizado na ponta da Península de Mornington, num local onde se tem grande visibilidade de toda a região. Durante o período das grandes guerras, funcionava ali uma base militar, com fortes, hospital e áreas para abrigar pessoas em quarentena, por suspeita de doenças ou em tratamento médico.


Como o critério fundamental para planejar qualquer coisa nessa terra cara, é o dinheiro, bolamos um roteiro supereconômico (e desgastante também). Para começar, fomos de metrô e ônibus, o que levou três horas para ir e mais três para voltar. Partindo de Melbourne, a melhor forma de chegar até o parque é saindo da estação South Yarra, numa viagem de cerca de uma hora até a estação Frankeston, de onde parte o ônibus 788  com destino a Portsea (para planejar bem os horários, vale antes passar no centro de visitantes e pegar o itinerário dos ônibus). A estação fica na zona 2, então é preciso ter o tíquete válido para zonas 1 e 2! A viagem de ônibus leva quase duas horas e termina no ponto final, bem em frente à entrada do parque. A jornada de ida e volta, contando o tíquete para a zona 2, sai por 11,40 dólares por pessoa. Em compensação, a entrada para o parque é gratuita; é só pegar um mapinha no centro de informações e começar a longa caminhada pelo parque!


E o parque é imenso, com muitas trilhas e edificações espalhadas; por isso, assim que chegar ao centro de informações, o visitante deverá optar por qual maneira vai explorar o parque: a pé, de bondinho, ou de bike. As bikes custam 20 doletas por dia; os bondinhos saem por 8 e circulam em horários estabelecidos pelo parque. Bom, acho que já deu para adivinhar qual foi a nossa escolha... E lá fomos nós, munidos de nossos bons e velhos tênis, conhecer o parque. Para os  desavisados, vale avisar que são quatro horas de caminhadas, duas para ir e duas para voltar do Observatory point, o ponto mais extremo do parque,  de onde se tem a belíssima vista da baía de Port Philip e do Mar da Tasmânia ao mesmo tempo.


O local tem a fama de ter uma das mais ricas faunas e floras do estado de Victoria, com animais que vão desde pássaros raros, até os tradicionais cangurus, mas nós não vimos nenhum ser que se assemelhasse a nenhuma das categorias; apenas uma lula morta, muitas conchas e pedaços de corais na praia. Mesmo assim, a natureza do parque é exuberante e compensa por si só o dia puxado da viagem!


Nós percorremos o parque pelas trilhas e pela praia, que fica bem em frente, mas o acesso à praia é restrito. Há muitos pontos com sinalização de bombas - vestígios do passado militar - e placas proibindo a saída para a areia. Infelizmente, toda a beleza que avistamos pelas trilhas é para ser contemplada de longe. O mar azul, os corais, as areias fofas, os penhascos, tudo absolutamente lindo, intocado e intocável. Não sei se acredito que haja bombas na praia. Desconfio que a proibição seja mais por conta de proteger o meio-ambiente, ou proteger os visitantes, porque é uma região de mares conturbados, com navios naufragados e onde presumidamente morreu afogado em 1887, o primeiro ministro australiano, Harold Holt.


 O espírito do passeio é o de apreciar mesmo, esquecer um pouco a pretensão de interagir com a natureza. O ideal é levar uma cestinha de piquenique (porque não há lanchonetes no parque!), achar um cantinho especial e passar um tempo, entre uma guloseima e outra, comendo com os olhos o que não pode ser tocado...


Além das maravilhas do parque, a região toda da península de Mornington é convidativa para um dia ou dois de visita. Vinícolas, campos de golfe, veleiros em marinas, lojas, restaurantes e pequenas cidades costeiras atraem gente de todas as partes da Austrália. Mas esse já é um roteiro para quem está mais disposto a gastar e por enquanto, nesse quesito, esse blog não vai ajudar... Mas quem sabe um dia, amigo, eu não chego lá!?

Um comentário:

S7 Study disse...

Oi Marina,

Que lugar incrível !

Em breve também será publicado no blog da Australia Brasil ...

Bjs,

Cristiana